TRABALHO E EDUCAÇÃO NAS PRÁTICAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA: UMA SOCIABILIDADE NA PERSPECTIVA EMANCIPATÓRIA?

Tese Doutorado em Serviço Social do Departamento de Serviço Social da PUC–Rio, Brasil

Silvia Neves Salazar, março 2008

Ler artigo completo na página de : www.maxwell.vrac.puc-rio.br

Resumo :

Esta pesquisa resulta da análise dos processos de trabalho que se constituem na diversidade das unidades produtivas de Economia Solidária na contemporaneidade Brasileira. Neste sentido, busca desvendar as potencialidades dessas práticas na constituição de uma nova sociabilidade, a partir da ênfase nos aspectos extraeconômicos. Através de entrevistas semi-estruturadas, tomamos como base as experiências vivenciadas pelos sujeitos sociais inseridos em 10 (dez) unidades produtivas de Economia Solidária, situadas no estado do Espírito Santo. Pesquisa bibliográfica, documentação referente ao movimento, participação nos eventos, nas plenárias do Fórum Estadual de Economia Popular Solidária/FEPS, assim como nossa participação na realização da 1ª e 2ª Fases do Mapeamento em Economia Solidária no Estado do Espírito Santo foram fontes que subsidiaram nossa investigação. Desvendar as potencialidades dos processos educativos nos espaços de Economia Solidária exige um esforço crítico constante, situando essas práticas no contexto da dinâmica das relações sociais capitalistas que, diante das novas modalidades de assalariamento, tendem a ser incorporadas ao capital. Entretanto a análise percebe essas experiências também como um dos espaços que manifestam formas diferenciadas da cultura popular, enquanto um conjunto disperso de práticas e representações. Trata-se, portanto, de uma análise que considera as potencialidades do movimento da Economia Solidária no Brasil, dos anos 1990, inserido numa sociedade de classes, o que o caracteriza como um movimento histórico-social complexo e contraditório.

Fontes :

Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal